1 – Compre um pacote

Salvo um ou outro caso, pacotes turísticos costumam sair mais em conta do que viagens montadas por conta própria – e dão uma boa ideia do que irá custar a viagem inteira. No mínimo, custam mais barato do que ficar no mesmo hotel do pacote e pagar na hora, porque ninguém jamais conseguirá, no balcão, o preço da diária promocional que é oferecido para as Agências de Viagens, já que elas têm descontos especiais. As viagens por conta própria só saem mais em conta quando você opta por um hotel de novel inferior, ou quando as agências só oferecem os hotéis mais caros.

Nos pacotes, as passagens aéreas também costumam sair mais barato, pois as cias aéreas oferecem desconto para as agências de viagens. A rigor, a desvantagem dos pacotes é que você fica condicionado a um programa e não pode mudar de idéia no meio do caminho. Mas como muitas vezes um pacote inteiro sai mais barato do apenas a passagem aérea, vale até a pena comprar um pacote e só utilizar a parte que te interessa, deixando o resto de lado. Ou montar o próprio pacote, sob medida, coisa que qualquer agente de viagens pode fazer, sem cobrar nada por isso.

Outra coisa: pacote não é excursão, e não significa necessariamente viajar em grupo, sujeito a horários, vontades e programações dos outros (excursões só são interessantes quando você nunca esteve naquele local, não domina o idioma ou não quer ficar sozinho). A grande maioria dos pacotes são individuais – você recebe toda documentação, mas viaja sozinho. E faz o que quiser, principalmente economia.

2 – Viaje acompanhado

Viajar sozinho só sai mais barato na passagem – afinal, você só compra uma! Mas, proporcionalmente, fica mais caro, por causa da hospedagem, que internacionalmente é baseada no conceito de duas pessoas por quarto (aliás, quando os anúncios dizem “hospedagem em quarto duplo” não significa que o preço é para duas pessoas e sim que aquele é o custo individual, por pessoa, dividindo o quarto com mais alguém). Como os hotéis nunca cobram a metade do preço para apenas uma pessoa (e sim o de quase duas), o resultado é que quem se hospeda sozinho acaba pagando muito mais caro do que duas pessoas dividindo o mesmo quarto. Um curioso caso onde 2 sai mais barato que 1.

E não é só na hospedagem que viajar desacompanhado faz diferença. Viajar é dividir não apenas as emoções, mas também as refeições, o vinho, o aluguel do carro, etc. Em alguns casos, como em promoções de pacotes e cruzeiros marítimos, o segundo passageiro, inclusive, só paga a metade, o que significa que dois viram um e meio! Algumas agências até ajudam o cliente até ajudam a encontrar alguém para dividir o quarto, e com isso, ambos pagarem menos pelo pacote – grandes amizades costumam nascer assim.

Essa regra só não vale se você pretende se hospedar em um albergue, onde os preços jaú são individuais, porque os quartos são, quase sempre, coletivos. Mas em geral, viajar com alguém ou um grupo, sai muito mais em conta, além de ser mais divertido.

3 – Faça como os locais

Viajar é aprender uma outra cultura e viver novas experiências. Por isso, quando estiver fora do seu local habitual, aproveite para sair da rotina e agir diferente, com a vantagem de que, se não gostar, é só voltar ao que era antes. Assim, se todo mundo andar de bicicleta na cidade, ande também. Como até hoje ninguém conseguiu provar que caminhar faz mal para a saúde, abandone os meios de transporte convencionais e use bastante seus próprios pés. Vá para as ruas, observe e faça como os habitantes locais. Não se trata de virar nativo por um dia, nem tentar iludi-los de que você não é um turista. Mas agir como um deles é maneira mais simples e econômica de conhecer bem o lugar e não pagar a mais por isso. Seja curioso e não receia de provar do que não conhece. No mínimo, vai conhecer algo a mais. Só tome cuidado para não exagerar no caso das comidas típicas: complicações estomacais são a causa mais frequente de problemas em viagens. Cuidado, também, com a água que bebe.

4 – Leve pouca bagagem 

Não se trata apenas de praticidade, mas, também, de economia. Quem viaja com muita mala perde mobilidade e, com isso, a possibilidade de caminhar alguns passos até o hotel, por exemplo. Fica dependente dos táxis e tem que abrir mão dos meios de transporte regulares da cidade. Além disso, praticamente elimina a possibilidade de conseguir uma carona: quem vai querer ajudar a carregar uma pilha de malas ou ter espaço pra tanta coisa? Além do mais, gasta desnecessariamente com carregadores e guarda volumes.

Isso sem falar no vexame de chegar esbaforido, empurrando uma pilha de malas que vão despencando pelo caminho, e do risco de pagar caro pelo excesso de bagagem no avião (calcule algo em torno de US$ 20,00 por quilo adicional). Com pouca bagagem fica também viável se hospedar num local mais distante do centro, onde sempre se conseguem preços melhores ou, no mínimo, quartos mais confortáveis pelo mesmo valor (cheque apenas se a cidade tem um bom sistema de transporte público, por que, do contrário, não vale a pena). Também não é bom negocio ficar gastando de passeio para procurar um hotel pouca coisa mais barato, principalmente se você estiver cheio de malas.

Portanto, qualquer que seja a razão, economize na hora de fazer a mala e leve apenas o que tem certeza que irá usar. Para que quarto pares se sapato se você só tem dois pés?

5 – Vá na hora certa

Qualquer que seja o local, a melhor época é sempre aquela em que os preços estarão mais altos, da mesma forma que a pior será a mais barata – isto é quase lei, já que os comerciantes não são bobos e aplicam na íntegra a chamada lei de mercado: quanto maior a demanda, maior o preço. Assim sendo, no verão, época de férias e clima agradarem na maior parte do mundo, o preço será sempre mais alto na maioria dos lugares, exceto no Saara, que nem comércio tem. Por outro lado, no inverno, período de temperaturas mais baixas e clima menos estável, geralmente acontece o inverso: fica tudo mais em conta, por causa do inconveniente do tempo, exceção feita as estações de esqui, que se beneficiam exatamente no frio. Nos hotéis da Europa, por exemplo, espere pagar, no mínimo 25% a menos no inverno. E, qualquer que seja a época, peça descontos se for ficar mais de três dias.

Mas existe um meio termo que – este sim! – é considerado a época ideal para viajar para quase o mundo inteiro: as meias estações, ou seja, primavera e outono, que dependendo do local acontecem entre abril e junho ou setembro e novembro. Nessas épocas, a paisagem é sempre mais bonita (porque você testemunhara a mudança das estações), o clima mais agradável, pois não faz nem muito calor, nem muito frio, não há muitas filas, pois a cidade não está lotada de turistas. Os preços, se ainda não atingiram o fundo do poço da baixa temporada, também não estão na estratosfera da alta.

Com algumas exceções como feriados prolongados, festas típicas e feiras e congressos, esta regra vale para o mundo inteiro – Brasil – inclusive. No caso dos países do hemisfério norte (que é para onde os brasileiros mais viajam), é ainda melhor no comecinho das estações. Ou seja,   abril e maio ou setembro e outubro, quando o rigor da estação seguinte não se manifestou. Ir na época certa é importante não só pela economia que se pode fazer, mas, principalmente, pela imagem que fica do lugar. Quem foi pra San Francisco numa semana de chuva e frio não faz ideia de como ela é muito mais legal sob o sol da primavera.

Outro detalhe importante é o tempo de permanência em cada lugar. Tempo de menos gera frustração; tempo de mais, tédio e sensação de desperdício. Por isso, calcule bem o que pretende fazer em cada local quanto tempo precisará para isso.Lembre-se de que, por causa do cansaço na chagada e dos horários na partida, o primeiro e ultimo dia costumam ser mais ou menos perdidos, com diz o próxima dica, planeje.

6. Planeje com antecedência 

Como no Brasil ainda não são comuns as promoções de última hora, quando os preços , quando os preços desabam para atrair mais viajantes, o melhor é fazer exatamente o contrário: planejar com antecedência e comprar tudo bem antes. Só assim se conseguem as melhores tarifas nas companhias aéreas, já que elas reservam apenas alguns assentos com tarifa promocional, e estes, é claro, são os que lotam primeiro.

Como as tarifas das companhias aéreas não têm a menor lógica, quem comprar em cima da hora pode pagar até o dobro pela mesma poltrona. Também, pela falta de critério, um vôo curtinho pode sair mais caro que um vôo mais longo. Portanto, fique de olho nas ofertas e promoções, coisa que, nem sempre as agências de viagens podem fazer por você.

Planejar uma viagem também significa se informar bastante sobre o lugar a ser visitado. Ler, nesse caso, nunca é demais. Só assim você chegará já sabendo o que irá fazer, não perde tempo procurando nada e só aproveita o que o melhor da sua viagem. Na verdade, até saboreia mais, porque planejar é começar a viajar muito antes de embarcar.

7 – Reserve daqui

Não importa para onde você vá: faça reserva antecipada daqui e, se possível, já deixe pagas despesas como diárias de hotéis e aluguéis de carro. Geralmente sai mais em conta do que contratar o serviço na hora. Além do mais nos países de primeiro mundo a reserva é obrigatória para quase tudo – até para um simples jantar! Se preferir decidir só quando chegar lá, faça reserva pelo menos para a primeira noite, para ter aonde ir quando chegar, cansado do aeroporto.

Se não quiser fazer as reservas diretamente, use um agente de viagens. Ao contrário do que a maioria das pessoas imaginam, ele é pago pela empresa que está sendo contratada e não por você. Portanto, use a base dos agentes de viagens: é de graça. Além do mais, os agentes de viagem são profissionais do assunto e entendem o que você quer. Só não vale a pena comprar antecipadamente os passeios opcionais que você fará lá, porque sempre sai mais caro. City tour, por exemplo, é do tipo de programa fácil de encontrar em qualquer lugar e nunca lota. Deixe para comprar lá.

Já no caso dos aluguéis de carro, opte pelo modelo mais em conta, porque sempre haverá a possibilidade dele não estar disponível na data escolhida e você levar, pelo mesmo preço, um modelo superior. Outro pagamento que deve obrigatoriamente ser feito no Brasil antes da viagem é o dos trechos internos nas passagens aéreas. Ponha tudo num só bilhete, que sai muito mais barato. Alguns trechos chegam a sair de graça! É como um automóvel: se você comprar cada peça separadamente ele custará o triplo. Assim, se você pretende visitar dez capitais européias numa só viagem, inclua tudo na passagem que sai do Brasil, ou compre um passe aéreo local, mas este também aqui, porque muitos não são vendidos lá. Sai mais barato até que os trens, apesar de nenhum aeroporto europeu ser tão bem localizado quanto as estações ferroviárias. Mas a economia e a rapidez podem compensar.

8 – Use a internet

Antes e durante a viagem, poucas coisas podem ser tão úteis para um turista quanto um computador ligado na rede mundial de informações. Para o viajante, a internet ajuda a pesquisar à exaustão (da compra do próprio pacote, que pode até ser de uma agência do exterior, aos detalhes sobre os lugares, com aprofundamento que nenhum outro guia turístico dará). E, uma vez lá, acaba com o tormento das ligações telefônicas: basta usar o computador e mandar mensagens para todo o mundo.

Tudo bem que mandar uma mensagem escrita não é a mesma coisa que conversar, ao vivo, com alguém por telefone. Não se trata de abandonar o telefone e sim de usá-lo com moderação, de forma até a sobrar mais dinheiro para curtir a viagem. Se, porém, for inevitável telefonar, siga estas duas regras: 1) use cartões telefônicos pré pagos, pois assim é possível saber quanto vai gastar; 2) tal qual a lavanderia e frigobar, fique longe dos caríssimos telefones dos hotéis. A menos que você queira aprender a brigar em outra língua na hora de fechar a conta.

9 – Faça seguro

Por mais contraditório que possa parecer, gastar dinheiro fazendo seguro de viagem pode representar uma economia brutal, caso você venha a precisar dele depois. Ter um seguro de assistência médica no exterior é tão fundamental quanto o próprio passaporte – e só quem já precisou recorrer a um hospital fora do Brasil sabe disso. Para a tranquilidade que oferecemos, os seguros de assistência médica são bem baratos: em média US$ 50,00 por pessoa, por semana. Em geral, os planos liberam até US$ 5.000,00 para despesas médicas, mais uma verba para medicamentos e remoções. Um bom plano (algo absolutamente fundamental para quem viaja com criança pequena, por exemplo, já que elas estão sempre mais sujeitas a pequenos problemas) deve garantir atendimento telefônico gratuito do exterior, 24 horas e em português! É o preço da sua tranquilidade.

Outro seguro igualmente obrigatório é o de automóveis. Caso você vá alugar um carro no exterior, faça seguro completo, embora isso muitas vezes duplique o preço da diária. Uma atenuante é que alguns cartões de crédito oferecem, como cortesia, um tipo de seguro para automóveis alugados no exterior, mas, além da cobertura ser parcial, ela geralmente não vale em todos os países. Cheque antes.

Já outros tipos de seguros são dispensáveis e cobrem basicamente bagagens (em geral US$ 500,00 por mala desaparecida, além da indenização normal de US$ 20 por quilo, paga pelas cias aéreas. Alguns seguros viagem, que muitas vezes já estão embutidos nos pacotes, garante basicamente indenização no caso da mudança de datas ou cancelamento da viagem em cima da hora. Alguns incluem, também, outros benefícios. Só não viaje sem nenhum tipo de seguro médico. Eles cobrem muito mais do que uma simples dor de cabeça.

10 Coma nas ruas

Viajar e fazer as refeições nos hotéis ou restaurantes só para turistas é abrir mão de uma das melhores partes de qualquer viagem. No mínimo, pagar mais caro por algo que não vale tanto. Repare, por exemplo, que os moradores locais, que conhecem bem a cidade, jamais fazem isso. Então, porque não copia-los? O café da manhã no hotel raramente custa menos de US$ 10,00 enquanto na lanchonete da esquina um equivalente sai a US$ 5,00, ou menos. Sempre que tiver fome, vá para as ruas. E siga os hábitos locais. Se todo mundo come um determinado sanduíche, coma também – não só pela economia, mas por estar experimentado algo que é realmente típico. Peça sugestões aos habitantes. Pergunte de quais restaurantes eles gostam – mas não os que eles acham que você vai gostar – porque, senão, eles indicarão os locais turísticos tradicionais.