Diário de Bordo do Bruno Barbosa
A primeira vez em Paris a gente nunca esquece
Olá Pessoal, hoje vou contar como foi minha primeira viagem a Capital Francesa e tudo que consegui conhecer sem gastar com coisas desnecessárias.
Como eu estava em um evento na França, viajei sozinho, por isso, no tempo livre (em um período de 10 dias) eu não economizei sola de sapato e andei muito em Paris. O suficiente para me perder e deparar com situações que me faziam entender cada vez melhor como é viver em Paris.
Vamos então começar pelo início do roteiro.
Meu voo foi pela Air France saindo de Guarulhos, um voo relativamente confortável com aproximadamente 12 horas de duração entre São Paulo e Paris. Foram servidas 2 refeições e tinham comissários que falavam Português. Todas as cadeiras tinham uma tela interativa com filmes, jogos, chats entre assentos e muitas opções de entretenimento. Não hesitei em pedir uma cerveja bem gelada (incluso no voo) enquanto assisti alguns filmes.
Ao chegar no Aeroporto Charles de Gaulle, ainda antes da imigração, já consegui um sinal de wifi grátis e que funcionava. Fiz uma chamada via whatsapp para informar que cheguei e segui navegando enquanto aguardei em torno de 30 minutos para passar na imigração.
Como sabemos, os países europeus que assinaram o Acordo de Schengen exigem que nós brasileiros tenhamos um seguro viagem com cobertura mínima de €30 mil. Eu tinha o meu seguro e todas as reservas em mãos, mas não me pediram nada além do passaporte que foi carimbado e em seguida me liberaram.
De toda forma, é sempre bom ter toda documentação de reserva, seguro, passagem de volta e outros que possam ser exigidos. Como a França é um País que vive em constante estado de alerta devido aos recentes ataques terroristas, é sempre melhor prevenir.
Após passar pela imigração eu fiz o que todo mundo que não consegue ficar desconectado faria. Fui ao estande da Orange, operadora de celular na Europa. Comprei um chip por €39,90 incluindo 10gb de conexão + 100 min em ligações + Alguns minutos de ligações internacionais (que usei para ligar pro Brasil) e passei os 10 dias sempre conectado, sem economizar dados. A conexão 4g é muito boa e acredito ter sido um excelente custo x benefício ter comprado o chip no aeroporto. PS: Se você vai passar alguns dias na Europa não é necessário se cadastrar para usar o chip, basta colocar no celular e usar, pois as promoção são ativadas automaticamente.
Logo depois peguei um transfer em português que me levou para a estação de trem Gare Du Nord, onde embarquei para conhecer a região do Vale do Loire e desci na estação de Saint-Pierre-des-Corps.
Para quem nunca ouviu falar, o Vale do Loire é famoso pelos vários castelos que existem na região, os “Châteaus”.
Para contextualizar, primeiro vou explicar (de acordo com o que aprendi), por que existem muitos castelos.
Existe uma forte relação com a Renascença Francesa que começou nos séculos XV e XVI. A arte dos castelos franceses se desenvolveu através de uma grande influência italiana que também inspirou a música e a pintura da época. Preocupados em representar uma grande potência mundial, os reis da França, desde Francisco I, trouxeram para o reino pessoas de renome, destacando o maior artista renascentista da época, que foi Leonardo da Vinci.
O Vale do Loire era uma região estratégica para o comércio e para a circulação dos bens, com o Rio Loire atravessando a França e oferecendo uma paisagem propícia para a realização das ambições dos reis de construir residências suntuosas.
De forma muito resumida, os Reis e todo reino ficavam poucos meses, as vezes poucos dias em um único castelo e depois partiam para outro. Os guias locais falavam muito em visibilidade do reino e recolhimento de impostos, por isso o reino estava sempre se movimentando.
O fato é que depois de algumas centenas de anos, vários castelos foram abandonados e futuramente comprados pela iniciativa privada, que hoje administra e movimenta a atividade turística da região.
Quais castelos eu visitei?
1 – Château du Rivau
No primeiro dia (já chegamos no fim da tarde) eu visitei o Chateau du Rivau, que fica na região do Touraine.
A sensação é que se trata de um castelo encantado, com seus jardins dignos de um verdadeiro conto de fada. A mistura das arquiteturas medieval e renascentista que o fazem do Château du Rivau ser único. O castelo foi construido no século XV, por Pierre de Beauvau, próximo do Rei Charles VII.
2 – Château Azay-le-Rideau
Seguindo viagem, a próxima parada foi o Château Azay-le-Rideau. Fui recepcionado por uma guia que falava português 😃, o que é um super ponto positivo. Foi construído entre 1518 e 1527, sendo um exemplo do Renascimento francês. Edificado sobre uma pequena ilha do rio Indre, a sua estrutura eleva-se diretamente a partir do rio.
3 – Château de Villandry
Continuando o passeio pelos castelos do Vale do Loire, eu visitei o Château de Villandry.
Um dos mais lindos, na minha opinião, principalmente pelos imponentes jardins:
Caminhar no Jardim de Villandry é muito inspirador e revigorante. São em torno de 200 pessoas trabalhando para garantir que o jardim esteja sempre impecável.
O Château de Villandry, que ficou pronto em 1536, foi o último dos grandes châteaux construídos nas margens do Rio Loire na época do Renascimento. A propósito, viajar pelo Vale do Loire é fazer uma verdadeira imersão na história do renascimento francês.
4 – Château Royal de Blois
No dia seguinte parti para a cidade de Blois para conhecer o Châteu Royal de Blois. Este palácio, além de residência de vários Reis da França, também foi o local onde o Arcebispo de Reims abençoou Joana d’Arc, em 1429, antes dela partir com o seu batalhão para combater os ingleses em Orleães.
Um castelo impotente que reúne diferentes estilos arquitetônicos, tais como: Arquitetura gótica, Arquitetura do Renascimento, Arquitetura clássica e Arquitetura da Idade Média.
Esse foi o Château mais longe que visitei, mas valeu muito a pena e recomendo demais.
5 – Château Royal de Amboise
De todos os castelos do vale do Loire, o Château de Amboise sem dúvidas é o que você não pode deixar de visitar.
Durante quase dois séculos, a história do Château de Amboise esteve intimamente ligada à história da França como nação. Grandioso palácio dos reis Charles VIII e François I na época da Renascença, ele é também a última morada do Leonardo da Vinci, cuja morte, que completa 500 anos em 2019, será lembrada por meio de uma série de eventos.
o Château de Amboise é também conhecido por seu terraço absolutamente único e monumental, com visão de 360°, de onde se avistam paisagens declaradas pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Meu guia foi um personagem do Leonardo Da Vinci, que apresentou todos os segredos do castelo:
Naquela época, Leonardo Da Vinci, que morreu e está enterrado em capela dentro do Château de Amboise, era tratado como um grande sábio pelo Rei da França e sua principal missão, como o maior artista da Renascença, era repassar para jovens artistas todo seu conhecimento. Assim aconteceu nos 3 últimos anos de vida de Da Vinci em Amboise.
A noite neste mesmo dia, fui convidado para um Jantar no Château de Amboise. Não foi um simples jantar e sim uma réplica perfeita de como eram feitas as recepções dentro do castelo na época. E melhor, o serviço não é uma exclusividade, pois eles preparam o cerimonial para pequenos grupos. Caso tenha interesse, eu posso te ajudar 😃.
Veja como foi o Jantar:
6 – Château Clos Lucé
Foi a residência de Leonardo Da Vinci em Amboise. Visitar o Clos Lucé é fazer uma verdadeira imersão artística no universo de Da Vinci.
Lá eu conheci, por exemplo, o Atelier que Da Vinci fazia suas criações e também ensinava jovens artistas. Todos os cantos do Château tem um pouco do artista. Imagina você sentar na cama que Leonardo Da Vinci dormia?
Veja em detalhes um pouco do que conheci no Clos Lucé:
7 – Château de Chambord
O Château de Chambord é um dos mais conhecidos castelos do mundo devido à sua distinta arquitetura em estilo Renascentista francês que combina as formas medievais francesas tradicionais com as estruturas clássicas italianas.
Querido pelo Rei François I e deslumbrado por Leonardo da Vinci, o Château de Chambord é o maior e o mais majestoso dos castelos do Vale do Loire. Também o mais visitado, uma vez que existe passeio regular saindo de Paris até Chambord.
E eu fiz uma visita guiada com acesso a locais restritos para o grande público. Quanta honra 😃. Vale lembrar que tem um hotel em frente ao Château de Chambord, onde tive o prazer de almoçar e realizar uma visita técnica.
Cidade de Tours
Se seu objetivo é conhecer todo Vale do Loire, Tours pode ser a melhor opção para ponto de apoio, pois tem uma localização estratégica dentro da região.
Tours é uma cidade universitária, por isso tem muitos jovens e uma vida noturna muito agitada. A guia que me acompanhou afirmou que Tours é a melhor cidade da França para quem busca aprender francês e nos apontou as principais escolas da região, por isso, deixo aqui a dica se seu objetivo for idioma.
Caminhando em Tours, me encantei pela imponência da catedral: Clique na foto para ampliar >>
Se me perguntarem, valeu a pena conhecer essa região? Eu responderia que mudou a forma como enxergo o mundo, pois fiz uma verdadeira imersão na história. Vale muito a pena para os amantes de cultura e boa gastronomia.
O ticket de TGV (trem) de Paris para Tours foi em torno de 40 euros e a viagem dura em torno de 2 horas.
De volta a Paris
O roteiro finalizou em Paris, um dos destinos turísticos mais famosos e visitados de todo planeta. E eu reafirmo, Paris e tudo isso e mais um pouco, de fato!
Como falei no início do blog, não economizei sola de sapado em Paris e acabei me perdendo, mas o impressionante é que a torre pode ser vista de diversos pontos da cidade, nem que for apenas a pontinha. Na parte da noite ela tem uma iluminação semelhante a um farol que facilita ainda mais a localização da torre dentro da cidade.
Dentro das minhas andanças, visitei o Marché aux Puces, o maior mercado de rua de Paris (estilo Feira de San Telmo em Buenos Aires), mas com antiguidades bem distintas. Além disso você acaba fazendo uma grande imersão cultural ao conversar com os lojistas do mercado. A foto abaixo foi tirada lá dentro e são personagens que não cobraram nenhum centavo pela foto.
Além das caminhadas, fiz compras em shoppings mais populares como as Galerias Lafayette e também nas lindas lojas da Champs Elysees. Nessa passagem, visitai o Arco do Triunfo (imponente e lindo), mas não consegui atravessar a rua para chegar perto dele. Somente depois descobri que existe uma passagem subterrânea que eu não localizei na hora. Com o eu tinha pressa, acabei seguindo minha caminhada.
Eu também aproveitei para parar em alguns cafés da cidade, conversar com pessoas locais e viver, nem que por alguns minutos, a rotina de um parisiense legítimo. Voltei pro Brasil com a certeza que retornarei para descobrir o resto de Paris, vamos comigo?
Depois de andar muito, parei na Torre Eiffel para comprar água e na volta pro hotel, cerca de 3km dali, mas fui surpreendido com um taxista que cobrou 25 euros pelo trajeto. Caminhei 200 metros para sair da praça onde fica a torre e parei um outro taxi na rua. O preço cobrado pelo segundo foi de 6 euros, por isso, deixo mais essa dica de sempre perguntar antes (quando estiver em pontos turísticos) ou então chamar um Uber, que funciona com a mesma eficiência do Brasil.
Quando estamos em viagem, o tempo acaba sendo ainda mais valioso, por isso a gente acaba se submetendo a certos tipos de alimentação rápidas e baratas. Nesse caso optei por comer no Mac Donalds, onde pedi um Big Mac e paguei 7 euros. Dessa forma resolvi o problema da minha fome em menos de 15 min e continuei o passeio.
Como meu tempo foi bem corrido em Paris, dividindo entre o passeio e um evento que fui participar, acabei deixando pra traz dezenas de atrativos que deveriam ser visitados, mas temos que admitir que eu precisaria de muito mais tempo para conhecer em detalhes a Cidade Luz, de toda forma, foi uma experiencia excepcional e espero que vocês tenham gostado. NÃO ESQUEÇA DE COMENTAR.
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